sábado, 20 de março de 2010

Até onde chegaremos?

por Vivian Lourenço
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E o São Paulo venceu o poderoso time do Nacional do Paraguai. Um time fraco, que figuraria tranquilamente na segunda divisão do Campeonato Paulista ou até mesmo do Brasileirão. Já estamos praticamente em abril e alguém pode dizer que sente firmeza nesse time?

Estamos vencendo nos tropeços, com futebol ruim de assistir e de dar dor no coração a qualquer torcedor, por mais otimista que ele seja. Parece que a cada partida o torcedor vai ao estádio, fica grudado na televisão ou no rádio para finalmente poder dizer: “Agora sim! Esse time vai para frente!”. Se o time não passa confiança, como o torcedor pode finalmente confiar nesse elenco e torcer sossegado?

Parece que há um buraco negro entre Rogério Ceni e o ataque. Esse rodízio de jogadores está sendo feito em hora errada. A essa altura do campeonato o time titular já deveria mais do que estar definido e entrosado; todos os reforços treinando e o time reserva jogando o campeonato paulista.

Nem o torcedor sabe qual time entrará em campo, nem sabe qual o esquema tático que será usado. Tudo vira uma caixinha de surpresa e tanto os atletas, quanto os torcedores ficam vendidos, sem saber o que fazer ou pensar.

Esse time precisa ter unidade, ter uma cara definida. Já passou da hora de definir a que o São Paulo Futebol Clube veio esse ano. É para ser coadjuvante? Para ser personagem principal? Vamos assistir do pódio ou ver a queda?

Com tantas indefinições, jogos ruins contra adversários fracos, não consigo imaginar esse elenco indo muito longo. A falta de vontade só mostra que algo nos bastidores acontece.

Eu ainda sou do tipo de torcedora que prefere ver o time perder jogando com vontade, com raça do que ver uma vitória apática. Temos mais uma chance de fazer o torcedor acreditar realmente no time. Amanhã é dia de clássico contra nosso maior rival, o Corinthians, que também está na Libertadores.

Uma vitória não fará milagre, não fará o time ser o primeiro colocado, muito menos garante vaga na final na Libertadores. Mas essa vitória, vinda com raça, com entrosamento, vontade e principalmente com bom futebol pode dar o gás, o ânimo e a vontade que está faltando.

Ninguém gosta de perder clássicos, mas será mesmo que mais uma vitória no sufoco, sofrida e apresentando desentrosamento, péssimo futebol e um time visivelmente perdido em campo é a melhor solução?

Torço para que esse time acorde. E que acorde rápido, já que o tempo está passando depressa demais e o torcedor tem pressa: Pressa de bater no peito, pressa de comemorar, pressa de se orgulhar e pressa de comemorar.

Porque do jeito que está, não consigo visualizar aonde esse time irá chegar. Temo, na mais realista das previsões que não iremos muito longe, provavelmente assistiremos de casa e do sofá depois das oitavas de final da Libertadores (quando os times são mais fortes).

Eu ainda prefiro acreditar que o time vai se encontrar, vai acordar e finalmente começar a jogar futebol. Quem sabe, quando o elenco começar a ignorar as ordens do técnico e da diretoria e se organize por si só (porque ainda acho que isso é o que vai ter que acontecer) isso possa começar a acontecer.

A contagem regressiva já começou. Até onde esse time vai chegar e até quando teremos paciência, não podemos saber. Mas aprece que a paciência ainda vai se esgotar primeiro.


Vivian Lourenço, 25 anos, jornalista formada desde 2008, assessora de imprensa e freelancer. Comecei a torcer pelo tricolor por conta própria, depois do primeiro título da Libertadores. Uma paixão incondicional. Apaixonada pela escrita e pelo futebol. Colaboro com alguns sites e blog debatendo e mostrando a minha paixão pelo esporte e pelo São Paulo.

Twitter: twitter.com/_vivis


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