segunda-feira, 12 de abril de 2010

Eu te aplaudi, SPFC!

por Carlos Port

Como dói uma derrota nos últimos minutos. Nos clássicos, então, nem se fala.

E com o Tricolor, o duro golpe se repetiu, no Campeonato Paulista 2010.

Mas não foi o dia de falhas individuais até do mito(que ocorreram), de "sonhos interrompidos" (que se questionam), de análises táticas ou técnicas.

Foi um jogo perdido, para o líder tido como favorito, que sentiu a força do manto tricolor e do Morumbi.

Suas jovens estrelas não decidiram dessa vez, coube ao gol contra e coadjuvantes menores, a sorte do jogo.

E ao SPFC, mais uma prova de superação.

10 em campo, desde o primeiro tempo.

Placar adverso, 2 a 0.

Raça, destemor, entrega, limite.

Não foi possível.

Mas eu te aplaudí, SPFC!

E mais uma vez, desde 2007, a constatação:

Como o diferenciado em mata-mata, faz a diferença!

Não que Hernanes não tenha jogado demais, jogou mesmo. Alex Silva, monstro, o time todo, empenhado. Dagoberto, impressionante entrega.

Mas uma torcida sabe a falta que faz olhar em campo e sentir "esse decide".

Futebol também é psicologia em campo, fortalecimento de uma equipe quando vê um líder em campo. E o nosso, só existe no gol.

Se sobrou garra em campo, até quando teremos a soberba da era JJ?

A nostalgia da ousadia do saudoso e querido presidente Marcelo Portugal Gouveia vem a mente, quando me recordo da sua coragem em sempre elevar a grandeza são-paulina, na busca daquele quem em campo, faria a diferença.

Assim foi também, sempre nos tempos de Fernando Casal Del Rey, o melhor diretor de futebol da história do Tricolor, na minha singela opinião, desde os tempos da Máquina Tricolor no início dos anos 80, até a geração vencedora da fantástica era do eterno Mestre Telê.

Uma tradição tricolor que é assim desde os tempos das contratações de Zizinho, Leônidas, Gerson, Pedro Rocha, Dario Pereira, Oscar, Mário Sérgio, Raí, exemplos de atletas que eram os diferenciados do futebol brasileiro e o Tricolor, em momentos cruciais de sua história, não mediu esforços para trazê-los.

E hoje, impera no SPFC a política do bom e barato, de se apoiar apenas nos caminhos da Lei Pelé. Responsabilidade é fundamental, sem dúvida! Mas coragem e um bom marketing, revertido em ídolos que a nação tricolor carece, também!

A história não mente e a esquecemos em algum lugar.

Porém, a nossa camisa é um manto muito forte, capaz de superar qualquer adversidade.

É e sempre será.

VAMO SPFC!


Carlos Port tem 37 anos, formado em Direito e Administração, trabalha com comunicação. São-paulino de terceira geração, avô, pai e filho, é o fundador-presidente dos Guerreiros da Paz, coletividade de são-paulinos espalhados pelo mundo, que levam o lema da Honra, Tradição e Respeito ao SPFC. Criador do blog Opinião Tricolor e da comunidade São Paulo FC O Mais Querido, dedica enquanto torcedor, uma vida de amor ao SPFC.
twitter.com/carlosport

PS: estréia da Coluna do Carlos Port, opinem!
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