quarta-feira, 21 de abril de 2010

Paixão acima das lamentações - É o que esperamos

por Manu Jubilato

Creio que foram poucas as vezes que vi o São Paulo Futebol Clube com uma crise tão grave como esta que o clube enfrenta após a derrota para o Santos na semifinal do Paulista de 2010.

O time está desacreditado, o treinador não tem o time na mão e os jogadores contestam cada declaração dada pelo companheiro ou pela equipe técnica e a torcida faz o seu papel: corneta sempre torcendo pelo melhor do seu time.

Infelizmente, o que é de conhecimento de todos, nosso técnico Ricardo Gomes não tem o time na mão, muito menos na cabeça; mesmo porque um treinador que escala novamente um volante de origem (Richarlyson) para a ala esquerda, tendo um grande leque de opções para a função, não faz a mínima ideia da equipe que entrara em campo, nem da temporada.

Sem contar que jogador que está descontente no plantel deve expor suas opiniões dentro dos vestiários, provar que merece a posição e lutar por ela, pois a mesma é cobiçada por muitos; não deveria esbravejar para a imprensa suas lamúrias e mendigar lugar em campo, como Washington fez.

Voltando a Richarlyson, o volante/ala/polivalente deveria ficar quieto e não se meter em briga que não é da sua conta. Se não gostou do que o centroavante falou, fale diretamente a ele. E se ele quiser saber, ninguém tá gostando dos passes errados que o “polivalente” insiste em cometer e, mesmo assim, nem todos os torcedores têm o poder de ir à imprensa questionar sua postura de jogo. (Campanha “Richarlyson, cala a boca e vai jogar, já!)

A diretoria não deveria ser tão omissa a todas essas questões que tanto influenciam o jogo são paulino. Ela se atém a ficar na dela, fingindo que nada acontece e que está tudo bem – sem nenhum prenúncio de crise pros lados do Morumbi – falando e criticando outros times que não têm nada a ver com a história.

O que todos esquecem nessa baixaria que tomou conta do Cícero Pompeu de Toledo é que o sentimento e a paixão que regem o futebol foram colocados de lado. Amor à camisa (parece que) não existe mais, o que existe é um jogo de empurra-empurra pra saber quem é o culpado de uma possível crise. Enquanto os torcedores, por sua vez, não esquecem (além do amor ao São Paulo Futebol Clube) que tem um jogo importante no dia que hoje, onde amantes do Tricolor Paulista – como eu – estarão no Morumbi a torcer pelo seu time, desejando que o clube passe por cima dessas coisas que já cansaram nossa paciência.

Manu Jubilato, 26 anos, é são paulina desde a mais tenra idade, torcedora que não vai de numerada, vai de arquibancada pra sentir mais emoção. Além de são paulina, é formada em Letras, documentadora, blogueira e amante do futebol.

twitter.com/manujubilato

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