sábado, 10 de abril de 2010

Quem vai dançar amanhã?

por Vivian Lourenço

ALELUIA!

Será que finalmente o São Paulo vai parar de nos proporcionar ataques cardíacos durante os seus jogos? É o fim da aflição, de roer as unhas e de suar frio? Parece que sim. Parece que, finalmente o São Paulo se encontrou; aliás, antes tarde do que mais tarde. Afinal de contas, já era mais do que hora de o São Paulo se encontrar.

O jogo do meio de semana era decisivo: ou o time resolvia jogar ou o primeiro campeonato do ano seria jogado na lata do lixo. E confesso que nem eu acreditava que esse time fosse se encontrar assim. Claro que ainda há muito o que melhorar, mas só o fato de ter apresentado um bom futebol e o esforço valeu a renovação da esperança tricolor.

Então agora é pausa na Libertadores e foco na primeira decisão das semi-finais do Paulistão deste domingo. E não adianta dizer que uma competição não terá reflexo da outra. Imagino que uma boa partida contra o Santos pode fazer o time jogar mais confiante na Libertadores.

Só que o problema – ou porque não a solução está na partida contra o Santos. Não vou negar que o futebol do Santos enche os olhos de qualquer apreciador do bom futebol. Esse time do Santos é o que mais vem jogando bem no Brasil ultimamente.

E como todos os tricolores sabem, o time do São Paulo vem de altos e baixos; mais baixos do que altos. Agora imaginem o que uma vitória no domingo não pode representar para esse elenco?

A partir do momento que os jogadores e Ricardo Gomes encontrarem a formação ideal – e acredito seja a escalação que jogou contra o Santo André, o time pode começar a ganhar corpo, ganhar cara e finalmente deslanchar.

E nada melhor do que vencer um grande e difícil adversário para dar essa confiança que o elenco e a torcida necessitam disso, para enfim poderem respirar aliviados.

Só que há sempre os poréns em toda e qualquer história, aí eu fico com um pé na frente, mas mantenho um atrás. Espero eu que Ricardo Gomes não queira inventar formação ou tirar escalação da mente dele na partida contra o Santos. É como diz o ditado: Em time que está ganhando não se mexe. E acredito eu que nosso glorioso Ricardo Gomes pode fazer algo que não nos agrade e frear a reação tricolor. Espero que não; espero que Ricardo Gomes seja apenas figura decorativa no banco de reservas, e os jogadores desempenhem o seu papel dentro de campo. Mas, como o seguro morreu de velho, devemos sempre pensar em todas as hipóteses.

A pergunta que me resta fazer é: Quem vai dançar domingo? Os moleques da Vila ou os guerreiros tricolores? Está na hora do São Paulo jogar solto, alegre, com garra, comemorar os gols como se fossem decisivos, já que eles são mesmo.

Todo o cuidado é pouco, não podemos deixar que esse fio de esperança, essa recuperação se apague em apenas um jogo. Os dois jogos contra o Santos, além de decidir o campeonato Paulista, ainda podem definir o futuro ou o fracasso desse elenco já no primeiro semestre.

PS: Um aviso torcedor: Não adianta passar a mão na cabeça de time que não anda cumprindo com seu dever. Há hora de criticar, hora de elogiar. Não adianta elogiar um time que não joga mal, assim como não há motivo de criticar um time que joga bem. Vamos torcer com os pés no chão?

Vivian Lourenço, 25 anos, jornalista formada desde 2008, assessora de imprensa e freelancer. Comecei a torcer pelo tricolor por conta própria, depois do primeiro título da Libertadores. Uma paixão incondicional. Apaixonada pela escrita e pelo futebol. Colaboro com alguns sites e blog debatendo e mostrando a minha paixão pelo esporte e pelo São Paulo.

twitter.com/_vivis


Não percam amanhã o pré jogo SPFC x Santos aqui no Diretoria Tricolor.


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