sexta-feira, 2 de abril de 2010

A VOLTA DO 3-5-2

por Camila Zanluchi


Essa semana vou começar o meu texto com uma confissão triste de se admitir e mais difícil ainda de ser pronunciada. Confesso amigo são paulino, fazia muito tempo que eu não me sentia assim tão decepcionada e desencorajada de torcer para o nosso amado tricolor paulista.


Sei que muitos de vocês que são otimistas aos extremos vão dizer que eu estou exagerando, que devemos apoiar o time em todas as horas ou coisa do tipo, mas eu não consigo me empolgar e me encantar com um futebol tão difícil de ser acompanhado por ser tão ruim, por mais que eu ame o São Paulo Futebol Clube.


E é por amar e estar sofrendo em demasia, que ontem no final da tarde - em meio a algumas reflexões futebolísticas nas quais me detinha - cheguei a conclusão de que palavras de criticas vindas da minha pessoa ao trabalho do MESTRE RICARDO GOMES e a falta de garra e vontade de vitórias dos jogadores já não eram mais plausíveis nesse momento.


Todos vocês que acompanham as minhas colunas sabem que eu nunca fui fã e partidária do nosso atual técnico. Fui contra a demissão de Muricy e mais contra ainda a contratação de Ricardo Gomes; ao contrário da maioria dos são paulinos, nunca dei a ele o tempo que ele pedia para conhecer o elenco e se entrosar no clube, afinal uma instituição do porte, grandeza e história como o São Paulo Futebol Clube não pode se dar ao luxo de esperar que um treinador aprenda a ser treinador no time profissional, não pode se dar ao luxo de ficar tanto tempo sem titulo e ainda mais, NÃO PODE SE DAR O LUXO DE ESTAR JOGANDO UM FUTEBOL TÃO MEDIOCRE com o ótimo elenco que possuímos.


Mas nesse texto de hoje não vou me ater a criticas, lamurias e lamentações afinal isso todos vocês já devem estar cansados de ler, ouvir e escrever todos os dias há meses.

Em minha opinião, acho que devemos começar a dar a volta por cima, deixando de lado quem nos comanda e quais são os comandados. É fato e notório que não estamos felizes com o nosso momento, mas venhamos e convenhamos amigo são paulino, não podemos fazer muito nesse momento, não é?!


Ricardo Gomes não vai cair antes da partida contra o Once Caldas e como provavelmente teremos que o aturar nas oitavas de final (Que os deuses do futebol nos ajudem!), vamos ao invés de criticas oferecer soluções ao MESTRE. Não que ele não seja dotado de uma inteligência futebolística acima da média e que já não esteja apto a ser técnico da seleção; longe da minha pessoa dizer isso de tão sensacional treinador (sic), mas uma ajudinha aqui outra acolá não irá incomodá-lo tenho certeza.


Vamos lá então; a minha primeira sugestão é: Porque não voltar a jogar no esquema 3 – 5 – 2 ? A principal justificativa da mudança de esquema no começo do ano era que o elenco do São Paulo estava saturado de ótimos jogadores no meio de campo e que seria um desperdício disponibilizar apenas 3 vagas no meio de campo para tantos bons jogadores, visto que as outras duas posições no meio de campo no esquema citado, seriam dos alas direito e esquerdo.


Na época eu até entendi, um pouco ressabiada acabei concordando com essa justificativa, mesmo achando que a zaga do São Paulo não saberia jogar no novo esquema 4 -4 -2, devido a quantidade de tempo em que estavam habituados jogando no outro esquema, mas enfim o 4 – 4 – 2 foi instalado.

Mas os meses foram passando e o futebol da equipe sumiu junto com o meio campo do time. Hernanes e companhia simplesmente deixaram seus futebóis no túnel do tempo e acabaram levando com isso o futebol de toda a equipe também.


Ouso dizer que se deve daí o mau futebol apresentado pela equipe ultimamente, não temos mais o elo entre a ótima defesa com o bom ataque devido ao mediano meio campo.

No ultimo jogo contra o Monterrey vimos uma superlotação do meio campo de volantes obstinados em permanecer no lugar de origem apenas - o meio de campo - sem ajudar a marcação na zaga e sem apoiar o ataque.

Agora lanço uma pergunta a vocês, amigos leitores: É justo segurar dois ótimos zagueiros com habilidade de sair jogando com a bola nos pés na zaga, com o déficit de meio – campistas que estamos vivenciando no momento?

Em minha opinião não.


No final do jogo contra o Monterrey o MESTRE me acendeu uma luz no fim do túnel (foi de um palito de fósforo, mas já era uma luz...) quando colocou Xandão em campo tirando um meio de campo. Pensou moderno nosso MESTRE.

Colocando Xandão na equipe ele liberaria o Alex Silva para atacar (e ele tem habilidade pra isso) e surgir como elemento surpresa na frente, no final do segundo tempo. Aprovei a substituição e apoio essa mudança acompanhada da alteração do esquema tático da equipe para o 3 – 5 – 2 novamente, com Xandão sempre como sobra.

Miranda, Xandão e Alex Silva na zaga, essa é a minha primeira solução para levantarmos, sacudirmos a poeira e com certeza... DARMOS A VOLTA POR CIMA!

E a sua?

Saudações tricolores!


Camila Zanluchi, 30 anos, uma quase psicóloga de corpo e futura jornalista de coração. Criada em uma familia palmeirense, aos 12 anos no primeiro titulo da Libertadores do São Paulo foi tomada por um amor incondicional ao time, que é demonstrado diariamente desde então. Apaixonada por escrever e por futebol, juntou o útil ao agradável e hoje colabora com alguns blogs decorrendo sobre suas paixões.
twitter.com/camilazanluchi

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