900 vezes Rogério

por Jota Doria

Rogério Ceni. Goleiro, capitão, maior artilheiro do Tricolor em Copas Libertadores.

Maior goleiro-artilheiro do Mundo em todos os tempos.

Rogério Ceni. Torcedor apaixonado.

Ir ao Morumbi e poder assistir Sir. R. Ceni jogar é como ir a Meca e ver uma Lenda viva.

Um mito.

São poucos, mais precisamente 15 milhões, aqueles que podem se alegrar em ter no seu time uma pessoa e um profissional como é o Rogerio.

Quem tem oportunidade de vê-lo jogar terá o prazer de contar aos seus filhos, netos que estava presente naquele jogo, naquele gol, naquele titulo.

Em uma época onde o futebol, principalmente o brasileiro, sofre com a rodízio de jogadores em seus clubes, o desamor e falta de profissionalismo, Ceni é a estrela solitária aparte desse grupo.

Chegou ao Morumbi com 17 anos e somente 7 anos depois assumiu o posto de titular da equipe. Não foram 7 anos de reserva. Foram 7 anos de aprendizado e preparação para tudo o que o destino havia guardado.

Hoje, 20 anos depois da sua chegada no São Paulo, é reverenciado, idolatrado pela Nação Tricolor.

É o maior campeão da história do clube.

Ídolo de uma geração inteira de são paulinos.

É também o que mais vestiu a camisa do São Paulo.

A camisa mais pesada do Brasil.

E mesmo assim ele suportou o peso desse Manto 900 vezes.

E para ele, pesa ainda mais. Ele é o capitão, o líder, o campeão. Sempre será exigido mais de Rogério. E olha que nem sempre ele foi unanimidade na torcida, até mesmo hoje há quem não goste.

Arrogante? Metido? Odiado?

Me diga qual São Paulino não é?!

Ouve épocas que das arquibancadas do Morumbi ecoava, gritos de frangueiro, mercenário, pipoqueiro e por ai vai. Das mesmas arquibancadas que vibraram 43 vezes nas suas defesas de pênaltis. Quem comemoraram 89 vezes seus gols de falta e de pênalti.

Recordes é o que não faltam na sua carreira.

Mas ele não dá a mínima para recordes pessoais. Ele gosta de títulos, ele adora a torcida, ele ama o São Paulo Futebol Clube.

O Rogério de hoje não é mais o mesmo de 5 anos atrás, seu desempenho em campo teve uma queda enorme, isso é inegável. Mas aos 37 anos isso já é compreensível.

Crédito com o SPFC é o que não lhe falta.

Já com seus 37 anos, ele sabe que o fim está próximo e que vai ter que deixar a tutela das balizas do Morumbi para outro.

Seu contrato expira somente em 31 de dezembro de 2012. Ainda restam pouco menos de 2 anos. Mas a dúvida é: “Será que Rogério continuará defendendo o gol Tricolor até lá?”

Talvez ele só esteja esperando chegar aos 1.000 jogos pelo Tricolor para se aposentar e defender o São Paulo de outra forma. Ou talvez ele realmente queira cumprir até o ultimo dia, quem sabe com um titulo Mundial, seu contrato, mais que isso, sua história de amor com o Tricolor.

Mas como os mil jogos está longe assim como 2012, o são paulino ainda terá por um bom tempo, mas breve, pra poder acompanhar o maior Jogador da história do São Paulo Futebol Clube.

Jota Doria. Faz parte da nova geração da torcida Tricolor e talvez por isso não viu o brilhante time do ínicio dos anos 90 ganhar tudo e encantar o Mundo. Viveu a época “Pós-Telê”, uma era sem títulos e sem muitos motivos pra se orgulhar. São Paulino na época de vacas magras, hoje é premiado ao ver o “Clube da Fé” impor sua supremacia no Futebol.Preza pela exclusividade e visão além dos campos. Está sempre atento as movimentações do mercado do futebol. Está cursando Administração na Universidade Anhembi Morumbi.

twitter.com/jota_doria

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