sábado, 15 de maio de 2010

O SÃO PAULO VOLTOU!

por Camila Zanluchi

Havia muito tempo que eu não me sentia tão são paulina como agora. Na verdade havia MUITO tempo que eu não sentia mais aquele orgulho de encher o peito e dizer, eu sou são paulina.


Confesso, meu orgulho estava abalado, afinal havia sido muito mal acostumada pelo meu time com vitórias fantásticas, disputas emocionantes, títulos corriqueiros e a derrotas com luta e garra até os últimos minutos; e nos últimos meses estava sendo muito maltratada pelo time com exatamente o contrário de tudo isso que citei acima.


Tudo que nunca vi acontecer no São Paulo em meus vários anos de vida passou a frente dos meus olhos nesses últimos meses, tudo que antes eu tirava sarro por estar acontecendo nos nossos adversários mais necessitados estava acontecendo com a gente, parecia sim; o inferno na terra para os são paulinos, como se tivéssemos pagando pelos anos de “tiração” de sarro aos nossos amigos corinthianos, palmeirenses, santistas e adjacentes.


Em 2010 cansei de escrever textos de criticas, textos revoltados e até já acostumados a vexames e futebol sem garra que o nosso time estava apresentando, já não era mais novidade vitórias contra os pequenos e derrotas para os grandes. Já começávamos assistindo aos jogos contra os grandes achando ótimo e maravilhoso um empate, se viesse uma vitória seria algo de outro mundo.


Sim amigo são paulino, nos primeiros meses de 2010 nos acostumamos a sofrer, nos acostumamos com as derrotas e com o futebol bem mais ou menos apresentando pela nossa equipe. E foi assim que aconteceu na quarta-feira também.


Fora os fanáticos e alucinados que mesmo jogando com 3 em campo contra o Barcelona ainda acham que o São Paulo pode golear, o resto de nós, pobres mortais são paulinos acreditávamos em uma derrota contra a equipe do Cruzeiro no primeiro jogo em Minas.


Eu me peguei por várias vezes pensando em derrotas do tipo, 1 x 0 ou 2 x 1. Resumindo, já esperava uma derrota, mas que pelo menos fosse de pouco para que no Morumbi pudéssemos correr atrás.


Mas...

Ah, o mas...


Como diria Zagallo: AI SIM, FOMOS SURPREENDIDOS NOVAMENTE!


Pelo amor dos meus filhinhos, onde estava escondido esse futebol e esse sangue nos olhos que a equipe apresentou quarta feira? Onde estava escondido esse time há meses? Onde estava escondido esse espírito de vencedor do time?


Assisti apenas ao final do segundo tempo, pois estava trabalhando e quando cheguei e vi aquele cenário todo juro, pisquei algumas vezes pra ver se eu estava realmente acordada. Olhei no canal

pra ver se tava no numero certo, porque talvez pudesse ter colocado na Cultura e estar assistindo aos Grandes Momentos do Esporte, e por engano eu estar assistindo a um jogo de alguns anos atrás.


Ou na verdade estar assistindo o VT daquele jogo que o São Paulo ganhou de 5 a 0 do Cruzeiro em pleno Mineirão, se não me engano em meados de 1996, com 5 gols de Dodô.

Mas não, era a realidade.


O São Paulo desde aquele ultimo jogo dos penais, voltou a ser São Paulo. Não digo a vocês que o campeão voltou, porque ainda prefiro esperar o segundo jogo, afinal o Cruzeiro é uma grande equipe e o nosso time ainda precisa provar a regularidade característica de campeonatos como a Libertadores Champions League, mas que foi lindo de ver isso foi, e esta sendo maravilhoso escutar elogios até dos adversários sobre esse jogo.


E não me venham dizer que estou escrevendo isso só porque ganhou não, ainda continuo não aprovando Ricardo Gomes, ainda continuo querendo duas partidas boas seguidas do Hernanes e afirmo que para Fernandão me provar que é realmente bom não basta apenas jogar bem na estréia, quero regularidade. Afinal de Fernando cometa, já basta o outro que fez 4 gols no primeiro jogo e parou.


Mas que é maravilhoso encher o peito e dizer:


- O SÃO PAULO VOLTOU!


Ah, isso é... e “bora” abarrotar o Morumbi na quarta-feira e fazer a parte que nos compete. Libertadores é Libertadores, e torcer para o São Paulo, voltou a ser numa grande moleza... Pelo menos até quarta-feira que vem!

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Camila Zanluchi, 30 anos, uma quase psicóloga de corpo e futura jornalista de coração. Criada em uma familia palmeirense, aos 12 anos no primeiro titulo da Libertadores do São Paulo foi tomada por um amor incondicional ao time, que é demonstrado diariamente desde então. Apaixonada por escrever e por futebol, juntou o útil ao agradável e hoje colabora com alguns blogs decorrendo sobre suas paixões.

twitter.com/camilazanluchi

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