quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Revanche? Não, vingança

por Jota Doria

Crédito: Foto/ Divulgação Gaspar Nóbrega/VIPCOMM

O Bril das Américas. A torcida, os jogadores, diretores, mídia e todos sabem que a Libertadores é o torneio preferido do São Paulo, um torneio que podemos chamar de nosso. Sem a nossa participação a Libertadores é apenas mais uma competição, sem graça. E do nosso próprio torneio ficamos fora por 10 anos, a principal competição das américas ficou sem graça por 10 anos, sem brilho. Por 10 anos ficamos fora da Libertadores e a última partida antes desse interminável jejum de participações na Liberta não trazia boas lembranças.

10 anos atrás. O São Paulo que era bicampeão do mundo com um futebol de encantar os olhos partiu para sua terceira final de Libertadores seguida. O ano era 1994, estádio do Morumbi, o adversário era o Vélez Sarsfield. Depois de uma derrota na argentina por 1 a 0 o São Paulo venceu pelo mesmo placar no Morumbi. Então quis o destino que aquela libertadores fosse decidida nas penalidades, logo surgiu na memória o ano de 1992, onde a Libertadores também foi decidida nos penaltis e contra outro argentino, o Newell's Old Boys, onde nosso Tricolor levantou o caneco, o primeiro.

Mas contra o Velez a história foi totalmente diferente e deixamos escapar o tricampeonato em um Morumbi abarrotado de tricolores. Termino de uma geração de craques e titulos.

10 anos depois. De volta a nossa casa. O El Poderoso da América voltava e trazia consigo todo brilho a Libertadores. O time era limitado, assim como o técnico, mas esperanças, torcida e tradição não tinham limites e empurraram o time até a fatidica semi-final contra o até então Once Caldas da Colômbia.

River Plate e Boca Juniors disputavam a outra chave da semi-final. Como havia vencido o primeiro jogo o Boca estava com um pé na final e todos esperavam pelo jogo do ano, os dois maiores clubes das Américas em uma final de Libertadores, São Paulo vs Boca Juniors, inédito.

Mas antes o tricolor precisava passar pelo Once Caldas. Empate no primeiro jogo no Morumba já preocupou a torcida, mas não diminuiu as esperanças e o sonho do Tri.

Até que chegou o dia 16 de junho de 2004. Não quero nem lembrar de detalhes da partida, o fato é que após os 90 minutos o sonho acabou, acabou da forma mais dolorosa. O jogo encaminhava para as penalidades mas no ultimo minuto sofremos o gol que enterrou o sonho do Tri e pois um ponto na paticipação do SPFC na Liberta daquele ano. Teriamos que lutar no Campeonato Brasileiro para poder voltar a disputar a liberta no próximo ano.

O tão sonhado e suado Tricampeonato ficou para o ano seguinte mas o Once Caldas não foi esquecido por nenhum tricolor.

Rivalidade. O que era pra ser apenas mais um jogo, mais uma semi-final na história do futebol se tornou em quase um Clássico, uma rivalidade imensa, elevadas ao quadrado com proporções internacionais.

Muitos por ai estão falando que o São Paulo terá hoje a revanche de 2004 mas lembrem-se tricolores! Não precisamos de revanche porque somos muito maiores que os Colombianos, a nossa grandeza nem se compara com o time que foi apenas mais um a ganhar UMA libertadores. Nós? Nós Temos TRÊS! Somos os Maiores do BRASIL.

Alma. Hoje voltamos a enfrentar os colombianos que pode ter certeza encararão esse jogo com a partida do ano, porque eles não almejam nada maior, não tem a nossa grandeza. São pequenos!

Hoje podemos vingar toda dor, lagrima e destruição de sonhos que causaram em cada São Paulino.

Hoje não quero revanche, quero vingança, quero raça, quero um time cascudo, quero catimba, quero vitória, quero goleada!
QUERO ALMA! VAMO TRICOLOR!

ONCE CALDAS X SÃO PAULO

Data: 25/02/2010, quinta-feira
Local: estádio Palogrande, em Manizales (Colômbia)
Horário: 21h10 (de Brasília)
Árbitro: Pablo Pozo (CHI)
Auxiliares: Patrício Basualto e Julio Diaz (CHI)

Once Caldas
Luis Martínez; Iván Vélez, Oswaldo Vizcarrondo, Alexis Enríquez e Luis Núñez; Diego Arias, Jaime Castrillón, Dayron Pérez e Fernando Cárdenas; Dayro Moreno e Dany Santoya
Técnico: Juan Carlos Osório

São Paulo
Rogério Ceni, Cicinho, Xandão, Miranda e Jorge Wagner; Jean, Richarlyson, Hernanes e Cleber Santana; Marcelinho Paraíba e Washington
Técnico: Milton Cruz

PS: Depois da partida não percam o pós jogo!

[bolao_diretoriatricolor+copy.jpg]Participe do Bolão Diretoria Tricolor
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