sábado, 20 de fevereiro de 2010

O Amor a camisa

por Vivian Lourenço

Crédito: Foto/ Divulgação Gaspar Nóbrega/VIPCOMM

Provavelmente é fácil contar o número de jogadores que realmente honram e tem amor a camisa que vestem. Na verdade acho que, atualmente, usaríamos apenas os dedos de uma mão para descobrir quantos atletas jogam por amor à camisa, além do amor ao dinheiro.

Essa semana foi a apresentação do novo reforço do São Paulo, Carleto. Confesso que desconheço o jogador, mas a sua chegada já causou boa impressão. Mesmo que não seja o jogador esperado pela torcida, já ganhou pontos ao demonstrar um pouco de respeito ao manto tricolor. Algumas emoções como a dele ao chegar ao clube não podem ser consideradas fingimento, nem tão pouco discurso ensaiado.

E o torcedor sabe quando um jogador é realmente apaixonado pelo clube que joga. Muitos chegam de contratações e na primeira entrevista já estão com o famoso discurso pronto: “Meu maior sonho era jogar no São Paulo; meu time do coração” Frase que irá se repetir quando chegar ao próximo clube ao qual ele for vendido.

O problema é que o atleta idealiza que, com esse comportamento, vai conquistar a torcida e ficar imune às criticas e cornetadas. Ledo engano. O torcedor sabe diferenciar discurso da realidade e sabe que quando é preciso, até os maiores ídolos do clube merecem e precisam ser criticados.

Tanto é que isso é verdade que nem Rogério Ceni, o maior ídolo do clube e um dos jogadores que podemos incluir na lista que joga pelo amor à camisa, escapa das criticas. E nem por isso as criticas também são amenas; por dar o sangue dentro de campo por vezes pode ajudar e atrapalhar.

O jogador que veste a camisa do clube por vezes não sabe quando parar ou quando está atrapalhando o time. No afinco de jogar e de ajudar, pode até mesmo ir para o campo no sacrifício e se tornar um peso ao invés de um reforço.

Por isso mesmo que o jogador que joga por amor ao clube precisa ser o mais consciente dos atletas, já que ele não precisa estar necessariamente dentro de campo para ajudar o time; pode ser um grande reforço moral e de entusiasmo para os companheiros.

Confesso que tenho medo quando chegar a hora da aposentadoria do nosso grande ídolo Rogério Ceni. Confesso que provavelmente ele não saberá a hora de parar e isso pode acabar queimando a carreira que ele construiu ao longo dos anos no São Paulo.

Deve ser difícil para ele, admitir que essa hora vai chegar. Mas pensando pelo lado de que ele não precisa necessariamente deixar de fazer parte da vida do São Paulo, essa aposentadoria pode ser mais tênue do que seria se ele parasse de jogar e se desligasse de vez da história do clube.

O certo é que, todo jogo de futebol fica mais disputado, mais bonito quando há dentro de campo um jogador (não precisa ser mais do que um) que vista realmente a camisa do time. O torcedor sabe reconhecer e aplaudir esse tipo de atleta. O único problema é que, infelizmente, esse tipo de boleiro é cada vez mais raro no futebol. Uma pena.

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