Hoje é dia de confronto com os peruanos do Universitário e o clima do país, pelo que pude ler nos jornais locais, é de guerra. Pelo menos esta é a manchete do jornal Líbero; com a mesma pegada do periódico brasileiro Lance.
O “U” é considerado no país o time peruano favorito para passar pelas oitavas de final, apesar da equipe passar por um período de atraso nos pagamentos dos jogadores. No entanto o Universitário conta com um trunfo: o retorno de um de seus melhores jogadores, Raúl Ruidíaz, depois de três meses afastado por lesão no joelho.
Porém, o time “de los cremas” (“os cremes”, chamados assim por conta da cor da camisa) teme, de certa maneira, o nosso atual ídolo, Rogério Ceni, já que em todas as oportunidades que teve, marcou gols contra times do Peru, além de jogar sua partida 900 pelo Tricolor do Morumbi.
A mobilização é tanta que até uma foto do nosso goleiro passou por ritual indígena a fim de que uma urucubaca brava caia sobre o Tricolor Paulista, mas o São Paulo está confiante de que o santo é forte e que tem corpo fechado. Saravá Mizifi!
Chamando o Tricolor de “rival poderoso”, a imprensa peruana destaca as declarações, estilo rasgação de seda, proferidas pelos integrantes da delegação são-paulina. Nosso goleiro-artilheiro destacou o posicionamento defensivo do time do Universitário, Washington destacou a velocidade dos jogadores e Ricardo Gomes pousou almejando uma vitória simples e ter vantagem no jogo de volta a ser disputado no Morumbi.
São esperados mais de 45 mil torcedores no estádio Monumental de Lima e já foi preparado um sistema de segurança composto por mais de 3 mil policiais. Este esquema de guerra tem como função conter a torcida organizada La Trincheira Norte que tem o hábito de promover transtornos e lançar objetos em campo. Isso é uma pena, pois o futebol não existe para ser encarado como uma guerra, nem pela imprensa, nem pelos jogadores, muito menos pelos torcedores.
Fontes: Líbero, Todo Sport, Diário Ojo. GolesPeru.com
Manu Jubilato, 26 anos, é são paulina desde a mais tenra idade, 
torcedora que não vai de numerada, vai de arquibancada pra sentir mais emoção. Além de são paulina, é formada em Letras, documentadora, blogueira e amante do futebol.
