Objetivo atípico para uma terça-feira: tem jogo no Morumbi! Saímos do trabalho e batemos o ponto sem dores na consciência e rumamos para o nosso templo do futebol, pois o nosso time irá jogar. Enfrentamos trânsito e correria com a intenção de chegarmos antes das 19h30 e vermos o nosso time jogar.
Compramos nossa cerveja pré-jogo e esperamos nossos amigos de estádio, que assim como nós, têm os mesmos desejos do primeiro parágrafo. E é isso que é uma ida ao estádio: um encontro de amigos. Amigos que se encontram no mesmo lugar e com o mesmo objetivo: torcer pelo Tricolor!
Fazemos isso com tanta garra que acreditamos que somos pernas, pés e coração capazes de golear qualquer adversário que vemos pela frente. E temos tanta gana em ganhar que exigimos isso daqueles que podem efetivamente mudar o resultado da partida.
No jogo desta terça-feira no Morumbi, o São Paulo apresentou um bom futebol, mesmo sendo freado pela defesa carrancuda do time do Universitário. Tivemos vários lances claros de gol, lances esses que nós, torcida que estava nas arquibancadas, acreditávamos que nossa cabeça ou nossa canela empurrariam a bola pro fundo do gol.
Foi com raiva que vaiamos o catimbeiro goleiro peruano e com vigor que gritávamos a cada disputa de bola em qualquer parte do campo. E foi com o coração na mão que o jogo rumou para a disputa de pênaltis.
Mais de 43 mil corações são paulinos presentes no Cícero Pompeu de Toledo se calaram na primeira batida de penalidade não convertida por Rogério Ceni, mas foi o mesmo coração que gritou e pulou empolgado após a defesa do nosso ídolo em campo.
Após as duas batidas defendidas pelo goleiro Tricolor e o lance pra fora do jogador peruano, abraços de oitenta e seis mil braços aconteciam em cada grupo de torcedores em cada metro quadrado de arquibancada, pois neste jogo contra o Universitário do Peru eu vi uma torcida unida, e completamente diferente daquela, motivo de chacota, que só torce pelo time quando ele está ganhando.
Vi uma torcida que acredita no seu time, por mais que ele esteja desacreditado, que joga junto com o seu time se for necessário, que perde a voz (como eu) depois de tanto vibrar pelo seu time, que tem orgulho de bater no peito e dizer: “Eu Sou São Paulino”.
Veja o pós jogo de SPFC x Universitários (clicando aqui)
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Manu Jubilato, 26 anos, é são paulina desde a mais tenra idade, 
torcedora que não vai de numerada, vai de arquibancada pra sentir mais emoção. Além de são paulina, é formada em Letras, documentadora, blogueira e amante do futebol.
