segunda-feira, 12 de abril de 2010

Coluna do Zanquetta

por Alexandre Zanquetta

4-2-3-1. Dorival Jr, pensava inicialmente me escalar 3 zagueiros e soltar a equipe no começo de 2009. Tudo mudou quando o time passou a jogar solto e leve demais, deu liga e encaixou velocidade, habilidade com objetividade. É isso mesmo, o Santos chegou perto da perfeição. Deu show, jogou demais e de forma alegre. Dá gosto de vê-los e precisamos admitir isso antes de tentar vencê-los. Porém, contra nossa raça no 2º tempo, pipocaram no Gigante Morumbi.

A indolência, a imaturidade deu lugar ao medo. Nos 3 clássicos em que atuaram contra os grandes, jogaram mais, mereceram, deram show, mas venceram apertado ou perderam. Contra nós, levaram esta mediante uma parcialidade absurda da arbitragem que tirou-nos um jogador logo aos 33 do 1º tempo. Mas passaram sufoco, porque jogamos como homens.

Eles atacam muito, tem um time bem distribuído, mas ali, marcadores mesmo, só os zagueiros. Os demais, apertam, correm, mordem mas não são marcadores. Não tem pegada. E nós tivemos brio. Jogamos com honra. Infelizmente, o Rogério Ceni falhou mais uma vez e comprometeu o resultado. No detalhe, entregamos. Mas, sem lamentações.

Mas, nós iremos para cima. Iremos para cima do time que então, declaradamente joga para atacar. Vamos analisar como eles atuam e definir a melhor estratégia como tradicionalmente faço em minhas colunas nos mata matas que o Tricolor atua. Vamos analisar o 4-2-3-1 do Santos:

Wesley, que é meia atacante pelo lado direito, Léo é quase um ala pela esquerda, Arouca mais recuado como um 1o volante acompanhando de Marquinhos, pouco mais à frente, formam a parte central e defensiva do Santos com E. Dracena e Durval na área. Ganso mais pela direita com função defensiva e armação. Soltam Robinho e Neymar com André mais frontal, às vezes até isolado. O time do Santos, alterna muito posicionamento e chama muito o jogo pelo chão, no toque 1-2. Apenas Ganso, Neymar e Robinho seguram a bola para partirem pro jogo.

O Santos não ficou óbvio ao longo do campeonato e mais fácil de marcar porque varia as posições constantemente. Os jogadores trocam de função, alternam e com muita rapidez e velocidade. O Tricolor funcionava com Muricy com força defensiva num esquema mais engessado e rígido. Sua força vinha da posição. No Santos de Dorival, o time destaca-se pela versatilidade. Muitas vezes, vemos André na ala direita, Wesley de meia e Ganso na área.

Vemos Marquinhos recuado, Arouca avançando e tabelando com Robinho que faz mais o papel de meia para ligar a equipe pela esquerda, enquanto Ganso o faz pela direita. O esquema fica com uma linha de 4 homens defensivos um lateral sempre fixo.

Arouca recuado com Marquinhos e Ganso atua mais solto e sai mais para a armação à frente, criando uma linha de 3 homens com Neymar e Robinho. Eles avançam, armam e defendem. Precisam defender. Mas nem sempre o fazem e quando o fazem, nem sempre fazem bem.

Como o time joga solto demais, abrem os espaços no meio. A zaga fica muito em mano a mano e exposta sempre. O time do Santos quando recua para só atuar em contra ataques, não suporta a pressão e acredita demais em seu poder de contra ataques. Se acua e os garotos pecam muito sob marcação cerrada adiantada. Não sabem jogar muito atrás e somem. Só aparecem nos contra ataques que se não forem aproveitados, deixam a equipe em situação ruim. Isto ocorreu contra nós, contra o Corinthians que com 1 a menos quase empatou e com o Palmeiras que virou.

Temos que ir MESMO pra cima!

Se o Tricolor só atuar tocando a bola, vai tomar sufoco. Não adianta. Agora é vencer por diferença de 2 gols e qualquer outro placar não resultará em nada. É tudo ou nada. É mata mata, é raça, é cair dentro e entrar como verdadeiros monstros, demolir a Vila.

Precisamos marcar pressão, tocar a bola rapidamente e agredir muito a zaga. Acertar o passe, acreditar em todas, usar e preencher bem os espaços e afunilaremos num campo reduzido. Quem tiver mais força e coletivo, conseguirá. Nós temos melhores chances num campo menor. A melhor defesa contra eles, com certeza é o ataque. Cair pelas costas de Wesley ou Pará com JC, Dagol ajudar na marcação de Marquinhos e sem Marlos, usar Cicinho em Ganso. Apertar os espaços forçando o Santos a ficar apenas com a individualidade, sem coletivo. André, no meio de A. Silva e Miranda, ficará inofensivo.

Para isso, Jean, R. Souto, Hernanes e JW precisarão de atenção e serem objetivos em seus passes, suas coberturas e avanços. O trio santista marca muito os volantes e meias adversários. Precisamos agredir e confiar em nossas bolas paradas, ponto muito frágil do Santos e em W9 em meio a Durval e Dracena, que ironicamente, nos derrotou ontem, devido à falha de Ceni. Veja o 4-2-3-1 santista no ataque:

Felipe

Wesley E. Dracena Durval Léo

Arouca Marquinhos

Ganso Robinho Neymar

André

A decisão será dura, mas o campo da Vila é mais compacto, permitindo que fechemos mais os espaços e isso pode ser excelente a nosso favor. Basta atuarmos como São Paulo e de forma digna. Com coragem que essa vaga virá e será nossa. Acho que já passou da hora de mostrarmos a que viemos em 2010. O placar é difícil, mas uma partida digna se fizermos, nos dará o resultado vitorioso ao menos.

Agora, é aquela história de coração na ponta da chuteira, faca nos dentes, sangue nos olhos e acima de tudo, ter fé. O São Paulo é o time da fé. A história mostra isto. Fé, pelo dicionário significa confiança em alguém ou em alguma coisa: testemunha digna de fé; ter fé no futuro. Estar convencido do que se diz. A fé, pela Bíblia: O poder da reação é algo que faz a diferença, tanto nos campos de futebol quanto no jogo da vida. Tanto na vida profissional quanto na vida familiar. E é a crença nesse poder de reagir que se chama FÉ! A Bíblia define fé como a CERTEZA das coisas que se espera e a convicção de fatos que não se veem. E pro São Paulo tudo isto sempre se resumiu e resultou em títulos!

4-1-3-2: Este é o esquema que RG deve utilizar contra o Santos na Vila e manter o que deu certo no Morumbi. Ganhar o meio, compactar, tocar, apoiar e avançar para a vitória. Sem Marlos, Cicinho entra e atuará pelo lado direito como meia. Hernanes entra na faixa central e JW pela esquerda. Dagoberto, entra recompondo pela esquerda ou direita, flutua e engrossa a linha central, deixando sem bola, com 4 homens. R. Souto mais recuado atrás, logo à frente da linha de 4 com Jean, Alex, Miranda e JC.

Na frente, Dagoberto e flutuando e W9 centralizado para desta vez, jogar com tudo e fazer os gols que tanto precisamos. Acredito, que essa sim, seja a formação ideal deste time e não com Marlos aberto. Marlos para mim, é jogador ainda não pronto e para 2º tempo ou ocasiões especiais. Veja a equipe ideal:

RC

Jean A. Silva Miranda JC

R. Souto

Cicinho Hernanes JW

Dagol (flutuando)

W9

Enfim, para mim é isto: entrar em campo como no 2º tempo do 1º jogo e demolir o Santos, engoli-los de tanta vontade e raça despendidas. Agora é a hora da verdade, vencer o 1º clássico em grande estilo, demonstrar que essa equipe vai muito longe e que o Tetra nos aguarda. Eu Acredito!

Agora é hora de esquecer tudo, apoiar a equipe e focar a mente em torcer e ter fé. Vamos torcedor Tricolor, vamos fazer a nossa parte e acreditar com tudo, com todas as nossas forças! Pra cima deles!

NOTA: O clima no vestiário era de muita energia e confiança. O grupo está convencido e muito enérgico, muito focado em vencer. O nervosismo de uma injustiça e o clima de raça me convenceram pelo que soube da fonte do Blog. O time fez um pacto de treinar muito e se doar ao limite no jogo de volta. VAMOS TRICOLOR!

Alexandre Zanquetta, é paulista, engenheiro, tem 26 anos, um dos integrantes do Blog do Zanquetta (blog do São Paulo) que hoje tem mais de 2 milhões de pageviews/mês só para a torcida do São Paulo. Não tem vínculos e nem elos financeiros com nada relacionado ao São Paulo FC. Apenas por amor.

twitter.com/zanquetta

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